Investigação
A investigação na área da economia sustentável e circular desempenha um papel crucial no avanço global rumo a um futuro mais equilibrado e inclusivo. Promovemos soluções inovadoras que valorizam a eficiência dos recursos, a redução de resíduos e a regeneração dos sistemas naturais, ao mesmo tempo que fortalecem o desenvolvimento económico.
Nos países do Sul Global, muitas vezes impactados desproporcionalmente pelas crises climáticas e económicas, a pesquisa nessa área oferece ferramentas para impulsionar modelos de desenvolvimento que respeitem os limites planetários, ao mesmo tempo que geram empregos e promovem a equidade social. Tecnologias baseadas em princípios circulares, como reciclagem avançada, energias renováveis e práticas agrícolas regenerativas, têm o potencial de transformar economias locais, tornando-as mais resilientes e autossustentáveis.
Além disso, essa investigação fomenta o diálogo e a colaboração entre as nações do Sul e do Norte, criando pontes para a partilha de conhecimentos e a transferência de tecnologias. Parcerias equitativas, baseadas no respeito mútuo e na justiça climática, fortalecem as relações globais, promovendo um futuro em que todos se beneficiem.
Algumas Das Áreas De Actuação De Investigação
ICCREP
Desde o período relativo à fundação do OLAE, na qualidade de Observatório de Economia, que surgiu o primeiro projecto de investigação do OLAE, isto é, o ICCREP - Índice de Competitividade Cambial Real da Economia Portuguesa. O ICCREP é um modelo integralmente desenvolvido pelo OLAE, que estuda a evolução da competitividade das exportações através das variações da Taxa de Câmbio, mas fá-lo não apenas do ponto de vista nominal, mas também do ponto de vista real. Ou seja, estudamos o impacto não só com todos os nossos parceiros comerciais não apenas com aqueles com os quais a nossa Taxa de Câmbio vai variando, mas também relativamente aos outros países da zona Euro. Assim, ainda que na zona Euro a Taxa de Câmbio esteja fixa, em termos de variações de custos unitários de produção, existe uma variação da competitividade cambial entre os diferentes países, que se não estivéssemos numa base fixa, poderia ser compensado por variações cambiais. Como estamos em taxa fixa não pode ser compensado por esta via e nós temos resultados em termos de impacto sobre a competitividade das nossas exportações. Sendo, portanto, a primeira e uma das mais importantes bandeiras do OLAE, em matéria de investigação, o ICCREP - Índice de Competitividade Cambial Real da Economia Portuguesa gozou de uma apresentação pública, em sede da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, onde se procedeu à divulgação do primeiro valor do Índice de Competitividade Cambial Real da Economia Portuguesa. Neste sentido, o OLAE tem tido e continuará a ter como política para o ICCREP a manutenção e actualização do valor do índice, apresentando ainda um breve comentário macroeconómico face à evolução do índice desenvolvido pelo OLAE.
Projetos de Investigação
Investigação não formal ICCREP – Índice da Competitividade Cambial Real da Economia Portuguesa, calculado trimestralmente. Modelo concebido e executado pelo OLAE. Atualmente, o ICCREP está suspenso, mas pensamos retomar a sua publicação ainda em 2013. É calculado mensal e trimestralmente por uma equipa de investigadores do OLAE - Observatório Lusófono de Actividades Económicas. O ICCREP, mede em termos reais a nossa competitividade cambial em relação aos parceiros comerciais que Portugal tem comércio externo. O ICCREP tem a ponderação do peso de cada país em relação ao total das trocas comerciais, a variação da taxa de câmbio ao certo, e a ponderação do Índice de Preços do Consumidor de cada país. Portugal é um país periférico em termos geográficos na União Europeia. O ICCREP tem como fontes nacionais, o Ministério da Economia - Gabinete de Estudos Económicos, Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal. Como fontes internacionais tem o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, a OCDE, o EUROSTAT, e os Bancos Centrais dos países analisados. Os países parceiros comerciais de Portugal analisados são mais de 70, que representam cerca de 96 % das trocas comerciais. Portugal tem uma abertura ao comércio externo de cerca de 60%. No ICCREP estão incluídos países da Europa comunitária, da EFTA, de África, Américas, Ásia e Oceânia. Os indicadores que compõem o ICCREP são: as exportações e as importações (valores mensais e trimestrais), moeda estrangeira com o euro ao certo (valores iniciais e finais do trimestre), o índice de preços do consumidor (valores iniciais e finais do mês e do trimestre), a ponderação de cada país nas relações comerciais com Portugal, a Taxa de Câmbio nominal, e a variação do Índice de Preços do Consumidor. Em 2010 foram introduzidas mais algumas variáveis que influenciam a competitividade externa da Economia Portuguesa. Gabinete de Previsão Económica - Utilizando um modelo próprio, apresentámos previsões macroeconómicas para Portugal em 2011, 2012 e 2013 (divulgação nas II Jornadas) e para Moçambique 2012 e 2013. Estas últimas previsões macroeconómicas obtiveram grande destaque em Moçambique.
Gabinete de Previsão Económica
O Gabinete de Previsão Económica surge no início do ano de 2011, visando claramente aprofundar e alargar as áreas de investigação e de conhecimento do Observatório Lusófono de Actividades Económicas. Neste sentido, o Gabinete de Previsão Económica encontra-se inserido no centro de investigação da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias com o objectivo primordial de desenvolver investigação e produção associada à previsão de cariz macroeconómica, reflectindo, assim, as mudanças nas principais variáveis em torno da condução e formulação da política económica nacional, europeia e mundial. Essencialmente, o Gabinete de Previsão Económica concentra-se em três grandes variáveis sujeitas a previsão, como é o caso do crescimento económico, inflação e índice de preços do consumidor e, também, taxa de desemprego nacional. As primeiras previsões macroeconómicas, relativas ao ano de 2011, foram apresentadas oficialmente num dos eventos públicos do OLAE, as Segundas Jornadas de Economia, Gestão e Ciência Política. O sucesso em torno da produção das primeiras previsões do Gabinete de Previsão Económica encoraja a continuação da excelência para as previsões de 2012 e 2013. Durante o ano de 2012, em virtude da grande proximidade com a realidade empresarial moçambicana inerente às actividades de consultoria do OLAE em Moçambique, surgiu a oportunidade de extensão das previsões macroeconómicas à economia moçambicana. Para além das variáveis previstas para a realidade portuguesa, as previsões para Moçambique gozam, ainda, de outras importantes variáveis macroeconómicas, como o Investimento Directo Estrangeiro, justificado pelos elevados fluxos de investimento realizado em solo moçambicano. A independência do Gabinete de Previsão Económica do OLAE ter permitido um reconhecimento da sociedade civil face a todo o trabalho produzido, sendo que toda excelência deverá ser redirecionada para todos aqueles que, directa ou indirectamente, têm colaborado com as actividades do Gabinete de Previsão Económica. Sempre com o objectivo de ir mais além, o Gabinete traçou, ainda, objectivos ainda mais audazes, como uma maior notoriedade pública e um alargamento em matéria de variáveis macroeconómicas a serem trabalhadas e previstas. Para tal, no sentido de trilhar o caminho de excelência do próprio OLAE, o Gabinete de Previsão Económica partilha também os valores do Observatório Lusófono de Actividades Económicas, tais como a ética profissional, honestidade intelectual, integridade e, finalmente, a competência.
Economic Outlook da Lusofonia
Em virtude das actividades do OLAE em solo lusófono, relacionadas com projectos de consultoria e investimentos em vários países da lusofonia, o Observatório Lusófono de Actividades Económicas decidiu abraçar a iniciativa de produção de um Economic Outlook que tenha como objectivo principal o agrupamento de informação económica dos países lusófonos e que, desse modo, venha colmatar uma necessidade sentida quer por estudantes, quer por outros agentes económicos e empresariais. As informações de índole económica, seleccionadas agrupadas pela equipa de investigação do OLAE, serão úteis para um conjunto alargado de agentes económicos de toda a lusofonia, desde os alunos interessados em dados sobre as economias lusófonas, até a empresas que necessitem dos dados para uma correcta definição do enquadramento e cenário macroeconómico das várias economias em análise. Para além da compilação de dados macroeconómicos, o Economic Outlook contará, ainda, com breves comentários face ao enquadramento de cada economia em escrutínio e com várias representações gráficas, que contribuam para uma melhor interacção entre os leitores e a informação económica.